[...]Durante o banho eu imaginei coisas...
cantei em voz alta e passei a esponja delicadamente ao meu corpo
como se tivesse a certeza que você estaria na minha cama, assim que terminasse.
Fui até a sala e comecei a procurar filmes de romance.
Assisti todos os trechos de melancolia e logo desliguei a TV.
Eu estava tentando de alguma forma lembrar de você à qualquer custo.
E eu sabia que eu não precisava fazer o mínimo esforço para que isso acontecesse
e mesmo assim eu fazia.
Isso me tomava por diferentes sensações...
a felicidade era uma delas.
Muitas vezes eu me achava masoquista.
Principalmente nos momentos de raiva. Eu sempre procurava formas de lembrar de você
e eu ainda me pergunto o por quê disso tudo.
Era quase a mesma coisa de me apunhalar,
só que era bem pior que isso,
era um sofrimento mental.
Foi aí que eu resolvi sair de casa.
Fui dar uma volta sem destino...
peguei o ônibus que por si só me levou até uma perfumaria
e eu me senti na obrigação de entrar e sentir o seu cheiro.
Eu fiz isso inúmeras vezes.
Sempre me senti dependente de tudo o que era relacionado a você.
Vi seu rosto em várias outras pessoas e nunca fiz jogo sujo com nenhuma destas, muito menos com você.[...]
Nathália Araújo.
0 comentários:
Postar um comentário